06.11.2009



Ufa!!! O dia está chegando ao fim, daqui a pouco vou cair na cama e só amanhã vou dar sinal de vida.
Hoje o dia foi longo e puxado, as 06 e 35 já tava fora da cama, as 07 e 01 já estava a postos esperando pelas filas de esperas no atendimento que não demoram a começar. E assim foi o dia inteiro, cuidando a fila e a eficiência, além disto, de olho nas resoluções de cobrança e reativações. Sem esquecer a taxa de reversão.
Após as 20 horas, finalizei os relatórios, envios os emails de fechamento, desliguei as máquinas. Desci pelas escadas, prefiro, pois ajuda a manter a forma. Ao sair na rua da praia, dei de cara com a Feira do Livro.
Respirei fundo e lembrei-me de todos os livros e artigos de auto-ajuda que já li. Todos são unânimes: reserve um tempo do dia só pra você, aproveite momentos a sós, relaxe para ter qualidade de vida, desacelere, e assim por diante.
Bem, estava ali, a minha frente uma grande oportunidade para relaxar a cabeça e quem sabe levar pra casa algum exemplar que pule no meu colo, pedindo pra ir comigo.
Então, reduzi a marcha, comprei um saco de pipoca médio – doce embaixo e salgado em cima. Sempre prefiro comer o salgado primeiro e o doce depois. Pode até ser careta, mas eu sou careta.
Eu fui deliciando pipoca por pipoca, livro por livro e banca por banca. Ai que delicia! Passo a passo fui ganhando a feira, milhares de títulos engraçados, tristes, históricos. E como sou um pouco curiosa, fui olhando com toda a calma do mundo cada livro que ia passando.
Encontrei uns livros que li ainda no período de alfabetização e adorei, era a “Bruxo Nilda vai a Paris”, “Quem tem medo do escuro”, e até “ A família treme-treme nas Missões”. Este último li na 4ª série foi o pano de fundo dos estudos da turma 45 sobre As Missões Jesuíticas. Incrível, como só olhar aquele livro me transportou no tempo. Vi-me correndo em São Miguel das Missões, tirando fotos (ainda em máquinas fotográficas com filme emprestada do meu tio). Aquela foi a minha primeira aventura em viagem sem pais, tios ou avós. Claro que tinham as professoras, mas aquela viagem tinha um gosto de liberdade, sonho e conquista.
Opa! Ainda to na Praça da Alfândega. Rsrsrsrsrsrs
Segui minha caminhada, muito mais relaxada. Entrei a história clássica de KIM, obra de Rudyard Kipling, também escritor da História do Mogli – o menino lobo. Pano de fundo para o ramo Lobinho do movimento escoteiro.
KIM era um sujeito muito observador e discreto, era capaz de descrever com riqueza de detalhes uma pessoa que só pode ver pelo canto dos olhos. Ou ainda determinar a velocidade que caminhava um grupo de caçador somente pelos detalhes das pegadas deixados por eles.
No movimento escoteiro, temos o jogo do KIM que pode ser visual, do tato, do olfato, do paladar ou da audição. Onde procuramos aguçar os sentidos, sendo capaz de identificar um som por um ruído baixo, ou ainda o alimento sem vê-lo apenas pelo cheiro que ele exala e o sabor que tem. Trabalhando a percepção, a observação, a memória.
Ai! Que susto! Um sino batendo forte! São 21hs e rapidamente as bancas foram se fechando, os caras são muito rápidos, deve ter uma competição de quem é o primeiro a fechar. Sei lá, em 3 minutos quase todas as bancas já estavam fechadas.
Bem, então, entro na auto-estrada da Rua da Praia, muita gente em várias velocidades. Quase todos com o mesmo destino, suas casas. Eu também, já na frente do elevador o porteiro me olhe e diz: “- Carinha de cansada, hein!” Eu só respirei fundo e sorri.
Em casa, banho, TV e cama. E claro entre uma coisa e outra vim postar.
Que sono! Amanhã tem mais, e ainda no domingo tem prova do ENADE. Baita responsa. Esta será a primeira nota da minha facul. Espero que ninguém brinque, pois se não seremos todos prejudicados.
Boa Noite a todos!

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